Além dos clássicos como a pescada preta ou o caviar, os produtos mudam com cada capítulo no qual Pedro Bargero planeja ao longo do ano e, embora as estações e temporadas emerjam em cada um dos pratos, a essência da gastronomia do restaurante vai além. A personalidade dinâmica e aventureira de Pedro faz que um produto possa aparecer em dois menus executados de maneiras completamente diferentes e imprevistas, e que uma simples cenoura ou um alho-poró, exibam texturas e sabores que desconcertem, no melhor dos sentidos, qualquer palato. Detrás da magia, existe uma rede de vínculos especiais com os produtores e um respeito absoluto pela abundância de possibilidades que oferece o território argentino.

É o território justamente outro dos espaços de jogo de CHILA que sem pensá-lo foi armando com cada um dos menus, ou capítulos de Pedro, um particular mapa de regiões argentinas, melhor dito de climas, que pouco tem a ver com divisões políticas.
A terra, o mineral, a água, a verdura e a proteína entram nos menus e pratos nos diferentes momentos, em contrapontos que encurtam distâncias geográficas para explodir na boca e resultando em novas composições de sabores que terminam formando uma série de bioma. Um bioma que vai muito além da comida e que fica completo no vinho, o serviço, a louça, a música. Neste ecossistema, uma amêndoa tem tanto valor quanto o melhor dos caviares e, o mar e a montanha podem ter a mais estreio dos relacionamentos.